O Programa de Estágios da Gestão do Trabalho da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Humano e Social (SMDHS) vem garantindo uma rede de apoio aos estudantes de serviço social, psicologia e pedagogia. Atualmente, são 43 universitários atuando na rede de Proteção Social Básica e Rede de Proteção Social Especial, tendo a oportunidade de aprender mais e de preencher a carga horária de currículo extracurricular, de acordo com o secretário da pasta, Marcão Gomes.
— Além da experiência no currículo, o estudante começa a desenvolver atividades na área em que pretende atuar. Também é uma oportunidade de aprender na prática o que é ensinado na universidade, saindo da teoria. Outra vantagem é que os estudantes podem manter contato com profissionais já formados, entendendo melhor como funciona o mercado do trabalho. Para o setor público também é vantajoso porque esses jovens ajudam a impactar diretamente nas melhorias da nossa cidade, trazendo novas idéias, olhares e saberes — afirmou o secretário.
Eles participaram, nesta terça-feira (5), da III Mostra de Práticas de Estágio do Sistema Único de Assistência Social (SUAS), realizada pela SMDHS no auditório da Prefeitura, onde estiveram representantes e universitários da UNOPAR, Faculdade Redentor, Universidade Federal Fluminense (UFF) e Isecensa, além do Conselho Regional de Psicologia (CRP) e Conselho Regional de Serviço Social (CRESS). Os estagiários apresentaram suas experiências durante atuação em um dos equipamentos da Prefeitura.
O evento - Assistente social da Gestão do Trabalho, Junia Elias, abriu o evento acolhendo os estagiários. “Quando apresentamos uma devolutiva de um estágio como estamos fazendo, a ideia é que isso faça a Secretaria crescer ainda mais, porque é no estágio que as coisas começam a florescer. É momento de questionar como nosso trabalho está sendo feito e o que mais podemos fazer, é uma ação conjunta entre a faculdade, campo de trabalho, supervisor de estágio e o estagiário”, disse Junia.
Ela acrescentou que os trabalhos desenvolvidos pelos estagiários ficam disponíveis no Departamento para pesquisa, e não ficam engavetados. “São ideias que servem para auxiliar os profissionais. A Gestão do Trabalho é uma área estratégica e busca o reconhecimento e valorização do trabalhador em todas as suas dimensões. Dessa forma, o Programa de Estágio visa aprimorar os serviços já ofertados e institucionalizar a educação permanente no âmbito da assistência social”, finalizou.
Representando o CRESS, o assistente social e professor universitário Paulo Junior, parabenizou a equipe pela realização do evento. “Historicamente, o estágio muitas vezes foi tido como o patinho feio, e essa é uma excelente oportunidade de desmistificar isso. O estágio é momento importantíssimo na vida do aluno. O trabalho que ele desenvolve no campo de estágio muitas vezes vira TCC (Trabalho de Conclusão de Curso), embora não seja uma obrigação. E, com isso, vira documento, artigo, de tão interessante a abordagem do tema. É uma oportunidade de nos questionar e nos fazer refletir”, pontuou.
O psicólogo Éverton Rossini representou o CRP lembrou que “é necessário o acompanhamento do professor orientador durante o processo de estágio, a fim de garantir o cumprimento dos princípios éticos que regem a atuação do psicólogo e demais profissionais”. Ele citou as diretrizes do Centro de Referências Técnicas em Psicologia e Políticas Públicas (CREPOP), que é uma iniciativa do Sistema de Conselhos de Psicologia (CFP e CRPs), criado para promover a qualificação da atuação profissional de psicólogas/os que atuam nas diversas políticas públicas.
Apresentações - A técnica da Gestão do Trabalho e uma das organizadoras do evento, Débora Carvalho, falou sobre o novo Exame de Seleção para admissão ao estágio profissionalizante da Secretaria Municipal de Gestão Pública, cujo edital foi publicado na semana passada no site da Prefeitura. “Sabemos da importância de abrir vagas para campo de estágio na nossa Secretaria com o objetivo de auxiliar a formação de novos profissionais”, disse.
Na área de Psicologia, apresentaram as alunas da UFF, Isabela Gasse e Dayana Camillo, que atuaram com as equipes de Medida Socioeducativa do CREAS 3; e as alunas do Isecensa, Tainara Ferreira e Luciane Lamonica, que estagiaram no CREAS 2. “Foi um estágio riquíssimo, onde, de fato, conheci o SUAS, tivemos várias capacitações e tínhamos participação ativa, não ficamos na retaguarda”, afirmou Tainara.
“No CREAS, tivemos um supervisor que nos ouvia muito. Tivemos acesso a muitos documentos, crescemos muito, participamos de muitas palestras e eventos, passamos por várias etapas, atendemos da criança ao idoso. Enfim, foi um crescimento real e uma experiência muito rica”, acrescentou Dayana.
A estudante de Pedagogia Kessylen Carvalho também atuou no CREAS 3, acompanhando adolescentes em medida socioeducativa. Na área de Serviço Social, apresentaram as seguintes estudantes: Marlyane Rogerio (Unopar, com atuação no CREAS 2), Juliana Rosa (Unopar, com atuação na Casa de Passagem) e Lady Kelly (Redentor/CREAS 1).