Em tempos de isolamento social provocado pela pandemia da Covid-19, o Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos (SCFV) da Secretaria de Desenvolvimento Humano e Social (SMDHS) segue promovendo atividades com os usuários por telefone e whatsapp. As equipes dos 87 grupos de atendimento espalhados no município estão se reinventando a cada dia para manter o atendimento aos usuários com qualidade.
- Nossos técnicos estão utilizando os meios mais simples e acessíveis possíveis para manter contato com nossos usuários. O atendimento tem sido online, por meio de grupos de WhatsApp, principalmente. No entanto, para quem não tem acesso à internet, o contato é feito por ligação telefônica, em cuja oportunidade as orientadoras conversam e orientam, em especial, os idosos - explicou a secretária da pasta, Pryscila Marins.
De acordo com a coordenadora do SCFV, Darcilene Fiuza, a equipe pedagógica planeja as atividades diárias e os orientadores sociais repassam nos grupos de whatsapp criados para esta finalidade. Crianças, adolescentes, adultos e idosos interagem nas atividades propostas, que seguem a metodologia de percursos adaptada ao cotidiano e materiais disponíveis em casa.
“O retorno das famílias tem sido muito positivo. Brincadeiras e jogos simples, atividades físicas, atividades psicomotoras, leitura de livros, desenhos, musicalização, confecção de brinquedos com material reciclável, são exemplos de atividades ministradas on-line pelos nossos orientadores. Além disso, estamos aproveitando o contato nos grupos para repassar informações a respeito de benefícios sociais, campanha de vacinação, orientações de prevenção ao coronavírus, reflexões motivacionais, dentre outras informações”, informou a coordenadora, deixando a hastag do grupo: #fiqueemcasamasfiquecomagente.
O projeto segue um cronograma semanal de atividades a serem feitas em família. “Já trabalhamos os temas família e comunidade. As tarefas são de simples execução e estimulamos o diálogo, a partir da descoberta dos gostosos, preferências, personalidades, fatos da infância, etc. Outro exemplo são as brincadeiras do tipo amarelinha, jogo dos sete erros e pula corda. A proposta é estimular e reconhecer seus potenciais e coisas que precisam melhorar, além de promover o diálogo familiar através do brincar”, destacou Darcilene.
As famílias gravam vídeos, áudios e fazem fotos dos usuários executando as atividades. Para os idosos que moram sozinhos, os técnicos encaminham vídeos com exercícios físicos e respiratórios selecionados por uma professora de educação física.
Dona Marinete, do Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) Jardim Carioca, aprovou o recurso. “Amei a ginástica que me passaram, faço os exercícios na minha cama antes de levantar, depois saio e tomo banho de sol meia hora. Faço exercícios todos os dias, gostei muito e continuem mandando coisas boas para todos nós”, disse.
As crianças também estão participando ativamente. Em uma das atividades propostas, solicitamos que eles falassem com a família sobre a comunidade onde moram, lembrando como era há anos atrás e como está atualmente. Eles reuniram fotos bem antigas da localidade e fotos mais atuais E também fizeram desenhos. Houve ainda uma aula sobre confecção de brinquedos a partir de material reciclado”, lembrou Darcilene.
Segundo a diretora de Proteção Social Básica, Cristiana Versiani, o SCFV é um serviço da Proteção Social Básica do Sistema Único de Assistência Social (SUAS), ofertado de forma complementar ao trabalho social com famílias, realizado por meio do Serviço de Proteção e Atendimento Integral às Famílias (PAIF) e do Serviço de Proteção e Atendimento Especializado às Famílias e Indivíduos (PAEFI).
Visa fortalecer os laços familiares e comunitários, além de promover a integração e a troca de experiências entre os participantes, valorizando o sentido de vida coletiva. Possui um caráter preventivo, pautado na defesa e afirmação de direitos e no desenvolvimento de capacidades dos usuários. Desenvolve atividades em grupos, artísticas, culturais, de lazer e esportivas, dentre outras, de acordo com a idade dos usuários. No entanto, nesse período de isolamento social, as atividades coletivas estão suspensas.
- Pode ser ofertado no CRAS ou em Centros de Convivência, por exemplo. Participam crianças, jovens e adultos; pessoas com deficiência; pessoas que sofreram violência, vítimas de trabalho infantil, jovens e crianças fora da escola, jovens que cumprem medidas socioeducativas, idosos sem amparo da família e da comunidade ou sem acesso a serviços sociais, além de outras pessoas inseridas no Cadastro Único. Em Campos, o serviço conta com quase 120 idosos e mais de mil crianças e adolescentes - concluiu Versiani.