Com parte de sua estrutura interditada e alvo de um furto de boa parte do seu acervo no dia 28 de dezembro de 2020, o Museu Olavo Cardoso (MOC), teve todo o material ainda abrigado em suas instalações transferido, na manhã desta quarta-feira (27), para o Museu Histórico de Campos e para o Teatro Municipal Trianon. A ação foi acompanhada pela presidente da Fundação Cultural Jornalista Oswaldo Lima (FCJOL), Auxiliadora Freitas, e pela vice-presidente, Fernanda Campos, contando com as presenças de representantes da sociedade civil, através de instituições que acompanham a gestão cultural do município.
A operação de transporte das peças foi realizada através de uma força-tarefa, com apoio de uma equipe da Secretaria Municipal de Defesa Civil e com o trabalho voluntário de agentes culturais e operacionais que atuaram nas equipes técnicas do Trianon e do Teatro de Bolso Procópio Ferreira.
"Foi um momento de grande emoção, pois vimos o empenho das equipes, no cuidadoso trabalho para a retirada de cada peça. Agora, após a apresentação do projeto de restauração do imóvel do MOC, tombado pelo Coppam, o mesmo receberá seu acervo de volta, restaurado e higienizado", anunciou Auxiliadora Freitas.
Também acompanharam a transferência o presidente do Conselho Municipal de Cultura de Campos (Comcultura), Marcelo Sampaio, e o vice-presidente, Ronaldo Júnior; o conselheiro do Conselho de Preservação do Patrimônio Histórico e Cultural de Campos (Coppam), Antônio Carlos Ornellas Berriel; o presidente Instituto Histórico e Geográfico de Campos dos Goytacazes (IHGCG), Genilson Soares; o diretor de patrimônio comercial da Câmara de Dirigentes Lojistas de Campos (CDL), Marco Antônio de Souza Gomes, o fiscal da Secretaria de Obras, Infraestrutura e Habitação, João Carlos de Freitas Batista, e a historiadora Graziela Escocard.
"Na condição de representante da sociedade civil, destaco a importância desse tipo de sinalização para o diálogo entre a municipalidade e a comunidade, através do acompanhamento da transferência do acervo do MOC. Hoje, pela primeira vez, tivemos a chance de acompanhar um trabalho como este", avaliou o presidente do Comcultura, Marcelo Sampaio.
Investigação do furto – No dia 7 de janeiro, a assessora jurídica da FCJOL, Andréa Sodré, esteve na 134ª Delegacia de Polícia (DP) para lavrar o boletim de ocorrência, sob o número 00104/2021, uma vez que o primeiro boletim, feito de forma on-line um dia após o furto pela então responsável pelo patrimônio da FCJOL, havia sido cancelado pela autoridade policial. No momento da lavratura do boletim presencial, a assessora jurídica solicitou a expedição de um ofício, pela 134ª DP, direcionado a um posto de combustíveis localizado próximo ao MOC, para o fornecimento das imagens das câmeras de vigilância, captadas no dia do fato.
"As imagens solicitadas já foram entregues à delegacia, pela gerência do posto de combustíveis e as informações obtidas dão conta de que a investigação está seguindo o seu curso. Qualquer novidade no processo investigatório do caso será comunicado à presidente da FCJOL, por parte da Polícia Civil" explicou Andréa Sodré.