Equipamento administrado pela Fundação Cultural Jornalista Oswaldo Lima (FCJOL), o Arquivo Público Municipal Waldir Pinto de Carvalho completa nesta terça-feira (18), duas décadas de sua criação. A data será marcada por uma cerimônia, no período da manhã, para um pequeno grupo de convidados. Nos dias 20 e 27, lives do projeto “Arquivo Conectado”, no canal “FCJOL Fundação Cultural Jornalista Oswaldo Lima”, no YouTube, darão sequência à agenda de atividades pela passagem do aniversário, assim como uma exposição virtual, que será divulgada nos próximos dias.
Localizado na Rodovia Sérgio Vianna Barroso, em Tócos, na Baixada Campista, o Solar do Colégio foi construído pelos Jesuítas, no século XVII, sendo, na atualidade, o prédio mais antigo de Campos, tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). A capela, dedicada a Santo Inácio de Loyola – patrono dos Jesuítas – e Nossa Senhora da Conceição, é outro espaço de destaque da bonita construção.
Em 2000, a Prefeitura de Campos decidiu utilizar o Solar do Colégio, pertencente ao Governo do Estado, para a instalação do Arquivo Público Municipal, por meio de uma parceria com a Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro (Uenf), supervisionada pelo Arquivo Público do Estado do Rio de Janeiro (APERJ), viabilizada pelo ex-governador Anthony Garotinho. A inauguração do espaço se deu em 28 de março de 2002.
O equipamento é integrado ao Conselho Nacional de Arquivos (Conarq).
Criado em 18 de maio de 2001, através da Lei nº 7060/2001 do ex-vereador Edson Batista, sob a gestão da FCJOL, o imóvel passou a abrigar, em suas salas, arquivos da Prefeitura de Campos e da Câmara de Vereadores, além de edições do jornal Monitor Campista. A documentação cartorária da Comarca de Campos representa, atualmente, 70% da documentação armazenada no Arquivo, com destaque para documentos de crimes e cíveis, oriundos dos cartórios da região do século XVII ao XX.
Em 2011, nas comemorações de seus 10 anos, o Arquivo ganhou o nome do saudoso escritor Waldir Pinto de Carvalho, um dos mais apaixonados pela história de Campos, documentada em boa parte de suas 22 obras, expostas na sala de entrada do Arquivo.
“Nosso Arquivo Público está entre os cinco melhores arquivos públicos do país, é uma joia rara e merece ser valorizado. Seu acervo é referência para pesquisadores de todo o Brasil e do exterior, nos enchendo de orgulho. Para os próximos anos, dentro da gestão do prefeito Wladimir Garotinho, nossa meta é ampliar a estrutura utilizada no restauro dos documentos do acervo que registra a história de Campos. Vida longa ao nosso Arquivo”, destaca a presidente da FCJOL, Auxiliadora Freitas.
Coordenado pela historiadora Rafaela Machado, desde 2019, o Arquivo realiza, diariamente, um detalhado e criterioso processo de restauração de seus documentos, com destaque para edições do Monitor Campista. O processo de restauro amplia a vida útil dos arquivos e, consequentemente, facilita o acesso da comunidade ao seu conteúdo.
“Nossa missão é dar sequência ao trabalho iniciado pelo historiador Carlos Freitas, que foi o diretor do equipamento desde sua inauguração até 2019, quando eu assumi a função. Nossa equipe luta pela preservação da história de Campos, justamente para que o tempo não a deixe perdida. Nosso acervo é motivo de orgulho para os campistas, bem como a forma como cuidamos de cada documento”, explica Rafaela Machado.