A assistida da Casa de Acolhimento Cativar, no Parque Santo Antônio, Luna (nome fictício), de 17 anos, estudante do 2º ano do ensino médio no Colégio Liceu de Humanidades de Campos, desponta seu lado artístico através da poesia. A jovem, que escreveu o livro “Mundo da Luna”, esteve nesta terça-feira (17) com a primeira-dama, Tassiana Oliveira, o presidente da Fundação Municipal Infância e Juventude (FMIJ), Fabiano de Paula, e a superintendente da Escola Municipal de Gestão do Legislativo (Emugle), Patrícia Cordeiro, que foram na Casa conferir seu trabalho.
Na obra literária, que traz recortes poéticos sobre família, amor, meio ambiente, homenagens e histórias de vida de amigos, Luna narra sua forma particular de enxergar o mundo, o cotidiano familiar e as boas amizades, além dos seus sonhos, gostos e sentimentos. Como um bônus adicional, o livro conta, ainda, com ilustrações feitas pela própria autora.
“MUNDO DE LUNA”
Apaixonada pelo desafio imposto pela disciplina Matemática, Luna confessa que sempre teve uma “queda” pela Literatura e conta que a ideia de escrever seu próprio livro surgiu depois que participou de uma atividade literária, há alguns anos, em uma escola.
“Eu decidi escrever sobre poluição, mas de início foi um baita desafio, porque não entendia muito bem e tive pouco tempo para o Festival de Poesia da escola. Fiquei triste, porque não havia conseguido terminar e, depois que conclui, me despertou a vontade de escrever um livro. A gente precisa ter consciência do mal que é feito ao meio ambiente e, por isso, decidi escrever”, destaca Luna que, além da Literatura, adora ajudar os colaboradores no acolhimento.
O talento especial da acolhida chamou a atenção da primeira-dama, Tassiana Oliveira, principal incentivadora da assistida para possível publicação do livro. “Na verdade, Luna acaba nos ensinando a valorizar ainda mais as pessoas como ela, que precisam de uma oportunidade. Logo quando cheguei aqui, a Luna me falou sobre a poesia, sobre o livro e eu fiquei encantada com a capacidade dela, do propósito, do sonho. É muito bom saber que a gente pode transformar isso em realidade e, assim, incentivar outras meninas a seguirem sua caminhada”, disse Tassiana.
A FMIJ por sua vez, desafiou e estimulou a assistida a escrever ainda mais poesias. “Na última sexta-feira estivemos na Festa de Arraiá e fui surpreendido com o livro de Luna. É importante despertar esses talentos que estão perdidos por aí. Cabe a nós despertar e fazer novas descobertas e, a partir daí, que as pessoas tenham oportunidade de se tornar ainda mais conhecida”, afirma o presidente da FMIJ, Fabiano de Paula.
A superintendente Escola Municipal de Gestão do Legislativo (Emugle), Patrícia Cordeiro, foi convidada pela primeira-dama para iniciar o projeto de possível publicação do livro. “Uma das funções da Escola Legislativa é essa demonstração de serviço e aproximação da sociedade com à Casa Legislativa, através de processos culturais e educacionais. E Tassiana vislumbrou essa possibilidade, através do livro da Luna, de desenvolver um projeto e a escrita das assistidas e me convidou para avaliar”, informou.
Ela ainda destaca que o trabalho desenvolvido por Luna representa um grande feito para todos que compõem os acolhimentos e a sociedade no geral. “Vimos que é possível ser realizada a parceria. É uma orientação da Casa Legislativa, ter esse olhar para alcançar esse projeto com o intuito que cumpra esse serviço. Vamos levar o material da Luna todo fotografado até à Casa Legislativa, também ao presidente Fábio Ribeiro, logo após, fazer uma avaliação da revisão de texto e as possibilidades de publicação. A partir daí desenvolver o projeto proposto por Tassiana, que é uma qualificação em literatura concubinando num concurso de poesias em todos os acolhimentos” afirmou.
A gerente da Casa de Acolhimento Cativar, Cristiane Delfino, relata como também incentiva a cada dia para que a Luna desenvolva ainda mais as poesias. “Nos deparamos com diversos talentos, na arte da poesia, culinária, desenho, entre outras atividades. É importante incentivar, mostrando que elas podem ir muito além, que a vida lá fora pode também ter outro olhar, uma maneira bem diferente de se viver com diversas oportunidades”, declarou.