A Secretaria Municipal de Saúde, por meio da Subsecretaria de Atenção Básica, Vigilância e Promoção da Saúde (Subpav), alerta para a importância da vacinação de crianças de 5 a 11 anos contra a Covid-19. A imunização dos menores teve início no país no último dia 17. O subsecretário de Atenção Básica, Vigilância e Promoção da Saúde (Subpav), médico infectologista e virologista Charbell Kury, pede aos pais que acreditem na ciência e vacinem os filhos.
"A vacina é segura e sua eficácia chega a 90%. Estamos perto do retorno escolar e, para evitar a disseminação da doença nas escolas, a vacinação ganha ainda mais importância", explicou ele, ressaltando que crianças não vacinadas e acometidas pela Covid-19, principalmente na faixa etária dos 8 e 9 anos, podem desenvolver a síndrome inflamatória multissistêmica, que afeta as veias e artérias, causando complicações cardíacas, intestinais, comprometimento cerebral, entre outros.
"No Brasil, essa síndrome mata mais do que nos Estados Unidos e na Europa. Aqui, a cada 100 crianças, sete têm apresentado sintomas graves de Covid", disse Charbell, que é professor e estudioso das vacinas. Ele afirmou, ainda, que houve uma mudança de paradigma, já que no início da pandemia acreditava-se em uma baixa transmissão entre as crianças, mas com o surgimento das variantes, em especial a Ômicron, a realidade hoje é outra.
"Os Estados Unidos começaram a imunização das crianças em dezembro e, com uma cobertura vacinal ainda baixa, em torno de 30% a 40%, o país vem registrando diariamente a internação de mil crianças".
Outro argumento apresentado por Charbell, para a conscientização dos pais, é o fato de já terem sido aplicadas mais de 10 milhões de doses em todo o mundo e não ter ocorrido nenhuma morte. "Quando há reação, ela é leve, ou seja, não há ocorrência de efeitos colaterais que contraindiquem a imunização", acrescentou.
CRIANÇAS CELEBRAM VACINAÇÃO – O pequeno Samuel Moço Azeredo, de 9 anos, encantou os vacinadores do Centro de Referência para Imunobiológicos Especiais (CRIE) pela determinação e coragem. Ele contou que queria ser vacinado desde o início da pandemia. “Estou muito feliz por tomar a vacina porque é para segurança da minha família”, disse o menino, que está ansioso para viajar com a família. “Eu vou viajar com minha sobrinha e quero a segurança para ela e todos eles”.
Samuel recebeu a primeira dose do imunizante contra a Covid-19, acompanhado da mãe, a animadora cultural Ana Beatriz Gomes Moça Azeredo, de 50 anos. Ela confessou que chegou a ficar com medo, mas que após, avaliar os benefícios, decidiu pela vacinação. O conselho que eu dou é para que os pais levem os filhos para tomar a vacina, porque eu estava muito resistente, mas com essas mutações que vêm ocorrendo, a vacina é a maior segurança que a gente tem. Então, é melhor a gente correr o risco da vacina que é uma dosagem pouca, é uma coisa segura, que o medo de não dá e não saber como vai reagir ao vírus em caso de uma infecção”, disse Ana.
(Foto: Divulgação / Secretaria de Saúde)
Quem também celebrou a imunização foi o João Miguel Batista Lima, de 8 anos, que foi atendido no Centro de Saúde de Guarus. “Foi uma picadinha de nada e eu nem chorei, segurei o choro. Está tudo ótimo e especial”, disparou.
Além CRIE e do Centro de Saúde de Guarus, também há vacina pediátrica disponível nas Unidades Básicas de Saúde e Estratégia da Família (UBSF) Custodópolis; Felix Miranda; Santo Amaro; São Sebastião; Parque Imperial; Parque Rodoviário; Lagoa de Cima; e a UPH Morro do Coco. A imunização acontece das 8h às 13h.
Nesta quinta-feira (20) será a vez das crianças com comorbidade que têm 7 e 6 anos e na sexta-feira (21), as de 5 anos e repescagem para quem perdeu a data. A aplicação é feita por agendamento online
AQUI, mas quem preferir, também pode ser atendido através de distribuição de senha, que acontece direto nos postos de imunização.
No ato da vacinação, independentemente de ser por agendamento ou senha, pais ou responsáveis terão que comprovar a comorbidade da criança que poderá ser através de laudo médico, receita, carteirinha de algum programa, como, por exemplo, Programa de Assistência ao Paciente com Asma e Rinite (Proapar) ou Unidades de Assistência de Alta Complexidade (UNACON), além da caderneta de vacinação, RG, CPF, ou cartão do Sistema Único de Saúde (SUS) e comprovante de residência. Pacientes que já são atendidos no CRIE não precisam do documento comprobatório, devendo apresentar somente documentos pessoais.