A Subsecretaria de Atenção Básica, Vigilância e Promoção à Saúde (Subpav), vinculada à Secretaria Municipal de Saúde (SMS), reforça a importância da imunização de crianças menores de cinco anos (de 1 a 4 anos, 11 meses e 29 dias) contra a Poliomielite, que causa a paralisia infantil. A preocupação vem em decorrência da confirmação de um caso da doença em Loreto, no Peru, no mês passado.
No Brasil, o último registro da circulação do poliovírus foi há 32 anos. Em 1994, o país recebeu da Organização Mundial da Saúde (OMS) e da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) a certificação de área livre de circulação do vírus da Poliomielite. No entanto, a baixa cobertura vacinal, que vem desde 2019, preocupa as autoridades, pois favorece a reintrodução da doença.
“A gente observa com preocupação a identificação do vírus da Poliomielite em locais próximos do território nacional. O Ministério da Saúde já fez esse alerta e a principal forma que nós temos de impedir que o vírus da pólio retorne a circular no Brasil é através da vacinação, principalmente das crianças pequenas, que devem tomar o seu esquema primário no primeiro ano de vida e as doses de reforço após esse período”, orienta o subsecretário da Subpav, o infectologista Rodrigo Carneiro.
TODOS CONTRA A PÓLIO – Em Campos, em outubro do ano passado, foi lançada a “Campanha Vacinar e Proteger”, com o lema: Não deixe a Pólio paralisar o sonho das nossas crianças, com o objetivo de sensibilizar e envolver líderes e representantes de vários segmentos da sociedade civil organizada para ampliar a conscientização dos pais e responsáveis sobre a importância de levarem os filhos para a vacinação.
No mesmo ano, com o Monitoramento Rápido de Cobertura Vacinal (MRC), e demais estratégias adotadas pela Secretaria Municipal de Saúde, como vacinação noturna e nas escolas da rede municipal, força-tarefa de multivacinação e Dia D, Campos alcançou uma taxa de cobertura vacinal variando entre 75% e 91% para poliomielite.
O percentual é referente às visitas domiciliares feitas durante o MRC, que totalizaram 1.437, para avaliar e melhorar a cobertura vacinal das crianças de 6 meses a 4 anos, 11 meses e 29 dias. O índice é superior ao apontado pelo Sistema de Informações do Programa Nacional de Imunização (SI-PNI) do Ministério da Saúde, que estava entre 50% e 60%.
“A gente reforça a importância da adesão dos pais e responsáveis à vacinação contra a pólio e pede para que procurem os postos de vacinação para atualização do cartão de vacina, a chamada vacinação de rotina, onde estará incluído o imunizante contra a Poliomielite”, destacou Rodrigo Carneiro.
A vacina contra a Poliomielite é aplicada em crianças de 2 meses a 4 anos, 11 meses e 29 dias e outros imunizantes que compõem o calendário nacional de vacinação, da seguinte forma: São aplicadas três doses da Vacina Inativada Pólio (VIP), aos 2, 4 e 6 meses, e duas doses da Vacina Pólio Oral (VOP), com 1 ano e 3 meses e aos 4 anos. A imunização acontece diariamente em mais de 40 salas de vacina, que incluem as Unidades Básicas de Saúde (UBS), Unidades de Pronto Atendimento (UPH) e Centros Especializados.