Por meio de um trabalho de intersetorialidade, representantes da Secretaria Municipal de Educação, Ciência e Tecnologia (Seduct) e a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Humano e Social (SMDHS) promoveram reunião, nesta terça-feira (9), a fim de buscar caminhos que contribuam para erradicar a evasão e a infrequência escolar dos alunos da rede municipal de ensino. O encontro aconteceu na sede da SMDHS.
A coordenadora do programa Bolsa Família na Seduct, Silvia Teixeira, falou sobre a parceria. “A intersetorialidade fortalece a rede a partir dos diversos conhecimentos, práticas e estruturas sociais e culturais entre diferentes setores. Demos continuidade ao diálogo com a Secretaria de Desenvolvimento Humano e Social e, juntos, estamos somando esforços na execução conjunta de ações que venham a contribuir para uma educação de qualidade”, afirmou.
A Vigilância Socioassistencial, vinculada à diretoria de gestão do Sistema Único de Assistência Social, realizará ações a partir dos dados contidos no CadUnico. “Estaremos auxiliando na identificação do endereço e número de telefone dos alunos evadidos, para a equipe da Educação realizar a busca ativa e intervenções necessárias junto aos Cras e Creas”, disse a coordenadora do Cadastro Único, Kamila Barreto, lembrando que os beneficiários do Bolsa Família devem seguir as condicionalidades.
Um outro encontro aconteceu na semana passada, com a presença da subsecretária de Educação, Rita Abreu, e com representantes da Secretaria de Saúde, na sede da Secretaria de Educação. Na ocasião, a subsecretária ressaltou que serão criadas propostas a serem publicadas em uma Portaria no Diário Oficial do município.
“Estamos criando uma integração entre essas três secretarias para que juntos possamos entender melhor os motivos que levam à evasão escolar e estudarmos alternativas para combater esse problema na nossa rede. Vamos estabelecer um fluxo de ações, prazos e responsabilidades de cada órgão para que, de forma integrada, possamos encontrar soluções”, disse Rita.
A diretora de supervisão, Kaline Martins Rangel, ressaltou a importância do trabalho integrado. “A evasão escolar não pode ser analisada de forma isolada, deve ser compreendida em suas multidimensões, analisando os reflexos e consequências da evasão na sociedade como um todo”, acrescentou Kaline.
Silvia Teixeira explicou que uma das causas da evasão está relacionada a problemas de saúde e desmotivação. Ela disse ainda que a evasão é verificada a partir da Ficha de Comunicação de Aluno Infrequente (FICAI), que visa estabelecer o controle da infrequência e do abandono escolar de crianças e adolescentes. O serviço é fruto de parceria firmada com o Ministério Público Estadual, os Conselhos Tutelares e a Seduct.
“Através da Ficai os gestores das unidades escolares informam a infrequência dos seus alunos para que um professor-articulador faça as intervenções e os contatos com as famílias. Quando não há sucesso nas intervenções, as unidades encaminham os casos ao Departamento de Serviço Social da Seduct, que convoca os pais ou responsáveis, promove visitas domiciliares, encaminha para os Centros de Referência de Assistência Social (CRAS), entre outras medidas, visando ouvir, apoiar, orientar os pais e identificar possíveis necessidades ou demandas que possam estar inviabilizando o comparecimento à escola", ressaltou Sílvia.