A Secretaria Municipal de Desenvolvimento Humano e Social realizou, nesta semana, um café da manhã para se reunir com organizações civis da rede socioassistencial. Segundo um levantamento da própria SMDHS, 91 assistidos das sete instituições cofinanciadas pela Prefeitura não estão inseridos em nenhum programa social, seja do Governo Federal ou do município. O objetivo do encontro foi informar aos gestores das instituições quais os benefícios se encaixam no perfil destes assistidos e como o procedimento para a inserção deve ser feito. A reunião foi conduzida pelo secretário, Rodrigo Carvalho, pela coordenadora da rede Socioassistencial privada, Priscila Pae, e pela diretora do Sistema Único de Assistência Social (SUAS), Aline Giovanini.
As sete instituições cofinanciadas pelo município recebem, mensalmente, cerca de R$ 473 MIL. Com a verba repassada, elas prestam serviços à população, garantindo atendimento a idosos e deficientes. São elas a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE), Associação de Pais e Amigos de Pessoas Especiais do Norte e Noroeste Fluminense (APAPE), Associação de Proteção e Orientação aos Excepcionais (APOE), Educandário para Cegos São José Operário, Associação Mantenedora do Asilo Nossa Senhora do Carmo, Associação Monsenhor Severino e o Grupo Espírita Francisco de Assis (GEFA).
Na reunião, foram repassadas informações como a importância do assistido estar inserido no Cadastro Único (CadÚnico) para que ele possa receber algum tipo de benefício. Além disso, ele precisa estar referenciado em um dos Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) que faz parte do território municipal. Uma vez inserido, a Prefeitura, através da Secretaria, reforça o atendimento à essa população além do financiamento realizado. Os assistidos podem receber alguns benefícios de transferência de renda, como o Cartão Goitacá e o Bolsa Família.
De acordo com Rodrigo Carvalho, a reunião teve como principal objetivo estar com os gestores para que os assistidos tenham ainda mais suporte através do serviço prestado. “O nosso papel é garantir a proteção social e apoiar as pessoas que vivem com alguma deficiência e seus familiares. Além do financiamento, a gente precisa mostrar que os assistidos que possuem direito e que se encaixam nos critérios dos programas podem ser inseridos. Assim, junto com as instituições, a gente consegue dar cada vez mais um suporte que melhora a vida dessas pessoas”, disse o secretário.
Para Merilane Barreto, uma das diretoras da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE), o encontro serviu para esclarecer dúvidas sobre a rede de benefícios da SMDHS, assim levando melhorias ao atendimento dos assistidos. A instituição, que tem duas sedes, atende cerca de 350 pessoas. “Essa troca é muito importante porque são esclarecimentos que a gente precisa estar por dentro. Essas reuniões servem para um estreitamento ainda maior entre as instituições e o município. A gente começa a articular para que o nosso serviço fique cada vez melhor, dando melhores condições de autonomia aos nossos usuários e seus familiares”, disse.
Segundo a presidente da APAPE, Naira Regina Peçanha, a partir da reunião, o atendimento será potencializado. A Apape atende crianças e adultos com autismo, além de pessoas com incefolopatias, pessoas sindrômicas, entre outras. “Essas políticas de assistência nos ajudam a melhorar cada vez mais a vida das pessoas. É um dia importantíssimo para nós, enquanto organizações civis. Este momento é transformador, porque aqui a gente discutiu também o que melhorou e o que pode melhorar. É um público que necessita de cuidado. Então hoje a gente vai poder potencializar a política pública e o serviço de proteção”, pontuou.
Ainda, durante o encontro, os gestores receberam informações sobreo “Criança Feliz”. A ideia é que eles levem informações aos familiares dos assistidos para que conheçam este novo programa e possam ser atendidos também por ele. O Criança Feliz tem como objetivo estimular o desenvolvimento infantil, atendendo crianças de zero a seis anos de idade, por meio de visitas domiciliares. Em Campos, 2.600 famílias serão atendidas. A coordenadora do Criança Feliz em Campos, Luciana Maria Ribeiro, explicando que as famílias interessadas em serem acompanhadas pelo o programa podem procurar uma das 13 unidades do CRAS na cidade.