Gestores, diretores e coordenadores do Hospital Ferreira Machado (HFM) se reuniram nesta segunda-feira (14), no auditório do Instituto Federal Fluminense Campos (IFF - Campus Guarus), para o segundo encontro e visita técnica referente a implantação do projeto “Lean nas emergências”, na qual o hospital foi selecionado para integrar.
O projeto do Ministério da Saúde, que tem como um dos executores o Hospital Sírio-Libanês, tem o objetivo de reduzir a superlotação nas urgências e emergências de hospitais por meio da metodologia Lean, que visa melhorar a gestão racionalizando recursos e otimizando espaços e insumos. A inserção da unidade hospitalar no projeto integra a sequência de ações de expansão visando a qualidade que o governo Wladimir Garotinho realiza na saúde do município.
Entre os dias 31 de julho e 1ª de agosto, o HFM recebeu a primeira visita dos consultores do projeto Lean, que palestraram sobre a implantação do programa. Durante as capacitações foram apresentados os radares de indicadores usados nos prontos-socorros, os diagnósticos de demanda e capacidade e seus fluxogramas, além da apresentação e relacionamento da comunidade do Lean com o hospital.
Nesta semana, consultores do Hospital Sírio-Libanês, parceiro do projeto, se reuniram com os profissionais para discutir, desenvolver e avaliar a implementação das ferramentas do programa na unidade. Na segunda etapa da visita, foi apresentado o 5S, um método baseado em cinco princípios que visa garantir a organização e limpeza sistemática das áreas de trabalho e a qualidade dos processos. O método 5S são: Senso de utilização, Senso de organização, Senso de limpeza, Senso de padronização e Senso de disciplina.
Ainda durante as capacitações no IFF-Guarus e no Hospital Ferreira Machado, foi apresentado o SIPOC, uma ferramenta utilizada para mapear processos, onde é possível esclarecer melhor as etapas do processo, definindo e formalizando diversos fatores que impactam diretamente na execução do trabalho. Também foi apresentado o Diagrama de Ishikawa, conhecido como Diagrama Espinha de Peixe, uma ferramenta que ajuda as pessoas a identificar possíveis causas para problemas, analisar os processos em diferentes perspectivas, relacionando causas potenciais para um determinado cenário.
“O HFM já está ganhando muito com essa metodologia, com o aprendizado transmitido pelo Sírio Libanês, melhorando o processo de trabalho, o atendimento aos pacientes e a satisfação do usuário com novos procedimentos”, destacou o Presidente da Fundação Municipal de Saúde (FMS), Arthur Borges.
Consultor Médico Especialista em Lean, Cleber Antônio Maio Filho, esclarece que as mudanças no gerenciamento do hospital precisam ser duradouras. “Mesmo depois de otimizado, o acompanhamento do processo deve ser constante. Verificar as mudanças garantem maior eficiência e produtividade para o time. Todos os processos devem sempre ser acompanhados e, se necessário, revistos. Os indicadores mostrarão se é necessário reformular algum deles. Devemos respeitar o tempo de adaptação das pessoas às mudanças propostas e, depois que estiver consolidado, continuar avaliando os dados”, explicou.
EQUIPE LEAN
O Administrador da Direção Administrativa do HFM, Daniel Soren, informou que o foco do 5s é trazer melhorias para o dia a dia de trabalho, tornando possível reduzir o desperdício de recursos e de espaços ao mesmo tempo em que permite aumentar a eficiência operacional do lugar. “Através da manutenção de um espaço limpo e meticulosamente organizado, esta abordagem do 5s não apenas eleva o bem-estar dos colaboradores, mas também se destaca pela habilidade de erradicar desperdícios, diminuir incidentes laborais e otimizar a gestão de recursos financeiros e temporais, trazendo impactos positivos para o hospital”, comunicou.
A Enfermeira Chefe do Pronto-Socorro do HFM, Rubia Helena Fonseca, comentou como foi o processo de adaptação. “A medida que a equipe vem passando pelo processo, criamos vínculos entre departamentos e assim o trabalho é realizado de forma colaborativa com um objetivo comum. No começo, algumas vezes, achamos resistência, mas ao longo do tempo, as equipes foram adquirindo o conhecimento sobre o projeto e o processo foi ficando mais leve. Saber que os funcionários estão entendendo isso, faz toda a diferença”, disse.