“Temos que abraçar efetivamente este projeto para podermos avançar, cada vez mais, na melhoria assistencial à saúde da nossa população”. As palavras são do secretário municipal de Saúde, Paulo Hirano, durante o lançamento do programa “Sífilis Zero”, nesta quarta-feira (06), no anfiteatro da Faculdade de Medicina de Campos (FMC). A ação, que é uma iniciativa do Ministério da Saúde, tem como objetivo reduzir o número de casos, interromper a transmissão e estabelecer fluxo de monitoramento aos pacientes em tratamento.
O programa busca também sensibilizar a população e os profissionais de saúde com foco no diagnóstico precoce e tratamento adequado da sífilis adquirida, em gestante e congênita (que passa da mãe para o feto).
Hirano destacou que os números ainda alarmantes, principalmente de sífilis congênita, reforçam a importância de cuidar desde o início da gestação, tanto da mãe quanto da criança.
“Teremos uma atenção muito especial em relação a essa abordagem. Nossa busca ativa na Educação Continuada, na conscientização da população, dos casais, do pré-natal, das gestantes e das nossas crianças. Tenho certeza que cada um de vocês vai poder contribuir muito intensamente com a implementação desse programa amplo e magnífico”.
O subsecretário de Vigilância em Saúde, infectologista Charbell Kury, enfatizou que ainda tem muita coisa a ser feita, mas Campos está no caminho, através da reestruturação de toda rede de saúde pública.
“Vocês, profissionais que estão na ponta, são muito importantes nessa nova caminhada. Todos nós somos responsáveis e vamos conseguir zerar a transmissão vertical de sífilis no município”.
Para o diretor do Programa Municipal de Controle da Hanseníase, Edilbert Pellegrini, o programa chega a Campos em um momento muito importante.
“O enfrentamento da sífilis, hoje, em todo o mundo, é um ato de grande necessidade, porque a doença vem aumentando exponencialmente em todos os lugares trazendo consequências, não só para a saúde, mas para o relacionamento pessoal, afetivo e sexual das pessoas. A sífilis é uma doença de diagnóstico laboratorial acessível. O seu diagnóstico nem sempre é fácil, mas a suspeição, o pensar em sífilis e o investigar da doença devem permear em todas as consultas, independente da especialidade médica ou conduta da enfermagem”.
Já o coordenador de Educação Continuada da Secretaria de Saúde, Antônio Salim Khouri, reforçou que o diagnóstico precoce permite o aumento substancial da possibilidade de cura dos pacientes que desenvolvem a doença.
“Não tem como falarmos em sífilis sem falar em prevenção. Se eu ensinar e orientar sobre educação sexual nas escolas, já estou fazendo a prevenção”.
Também estiveram presentes no evento o subsecretário de Atenção Primária, Benedito Pereira Martins; o coordenador do Centro de Doenças Infecto-Parasitárias (CDIP), Rodrigo Rodrigues Azevedo; a coordenadora do Programa de Assistência Integral à Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente (PAISMCA), Rayssa Gonçalves Machado; a assessora chefe da Vigilância Epidemiológica, Sílvia Campos Reis Martins; a responsável pelo Departamento de Assistência Farmacêutica da SMS, Cristiane Abílio Freitas; a coordenadora técnica do Centro de Referência da Doença de Alzheimer e Parkinson (CDAP), a geriatra Déborah Casarsa e o subsecretário de Planejamento e Gestão da Secretaria de Saúde, Anderson Barros.