O recente aumento nos casos de dengue em Campos tem acendido um alerta vermelho para a importância da conscientização e da responsabilidade compartilhada no combate a essa doença transmitida pelo mosquito Aedes aegypti. De acordo com o último balanço divulgado, foram registrados 587 casos confirmados de dengue no município neste ano e 25 de chikungunya. Não há confirmação para zika em Campos. Os dados evidenciam a urgência de medidas efetivas para conter a proliferação dessa doença.
Na última segunda-feira (19), o secretário municipal de Saúde, Paulo Hirano, liderou uma reunião no gabinete da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), reunindo representantes de diversos setores para alinhar estratégias de combate à dengue e ao mosquito transmissor. Durante o encontro, foi debatida a ampliação e reestruturação da rede assistencial, incluindo a abertura de novos leitos de enfermaria e Unidades de Terapia Intensiva (UTI), visando melhorar o atendimento aos pacientes afetados.
A dengue é uma doença potencialmente grave, que pode causar complicações severas, como hepatite e insuficiência renal crônica, especialmente em casos graves. Dos quatro sorotipos da dengue, o tipo 2 tem sido predominante em Campos, desencadeando sintomas como febre alta, dores musculares intensas, mal-estar, fraqueza, dor de cabeça e manchas avermelhadas no corpo.
O presidente da Fundação Municipal de Saúde (FMS), Arthur Borges, reforçou a importância da conscientização e prevenção. "É fundamental que cada um faça a sua parte na eliminação de possíveis focos do mosquito transmissor. Ações simples, como a eliminação de recipientes que acumulam água parada, podem fazer toda a diferença na redução dos casos de dengue", expressou.
Diante desse cenário desafiador, a Fundação Municipal de Saúde ressalta a importância da busca por atendimento adequado nos locais de referência indicados para acolhimento e internação de pacientes com suspeita de dengue. A sobrecarga nos serviços de saúde, especialmente pronto-socorro, pode comprometer a qualidade do atendimento e a eficácia das medidas adotadas.
O superintendente de Faturamento e Finanças da FMS, Filipe Mocaiber, enfatizou a necessidade de uma ação conjunta para enfrentar essa situação. "O combate à dengue requer o envolvimento de toda a população, não apenas das autoridades de saúde. É uma responsabilidade compartilhada que demanda a participação ativa das famílias, dos comércios, dos empresários e de todos os cidadãos", destacou.
Além disso, Mocaiber salienta a importância de buscar os hospitais apenas em casos mais graves, seguindo as orientações das unidades de referência. “É crucial que os hospitais sejam procurados nos casos mais graves, indicados pelas unidades de referência. Isso ajuda a evitar a sobrecarga nos serviços de saúde e garante um atendimento mais eficiente”, afirmou.
A FMS está reforçando a importância da triagem nas unidades de referência e o encaminhamento adequado dos pacientes para os hospitais designados, como o Hospital Ferreira Machado (HFM), Hospital Geral de Guarus (HGG) e Hospital São José (HSJ), para garantir que o sistema de internação não seja impactado negativamente.
Locais de referência para acolhimento e internação dos pacientes, adultos e pediátricos, com suspeita de dengue
REFERÊNCIAS REGIONAIS: Unidade Pré-Hospitalar de Farol de São Tomé (Baixada); Hospital São José (Baixada); Hospital Geral de Guarus (Guarus); Unidade Pré-Hospitalar de Travessão (Região Norte); Unidade Pré-Hospitalar de Ururaí (Região Sul) e Centro de Referência da Dengue (Central).
INTERNAÇÃO: Hospital Geral de Guarus (adultos), Hospital São José (adultos) e Pronto Socorro Pediátrico dos Plantadores de Cana.
INTERNAÇÃO DE UTI: Hospital Plantadores de Cana (adultos) e Hospital Ferreira Machado (pediátrico).