Alunos das instituições públicas de ensino de Campos estão recebendo, nesta semana, ações do projeto “Biblioteca da Diversidade". Ao todo, 1068 crianças de 6 a 12 anos estão sendo beneficiadas. As ações têm o objetivo de viabilizar a formação aos professores, para conduzir pautas construtivas sobre os povos indígenas e culturas afro-brasileiras. Esta semana, foi a vez da Escola de Aprendizagem Inclusiva (EAI), situada na Cidade da Criança Zilda Arns, receber a biblioteca.
A estrutura da biblioteca conta com 80 livros literários infantis, incluindo temas da cultura afro-brasileira, bem como cinco títulos impressos em braille. Também são ofertados 50 jogos e brinquedos educativos, e acervo de materiais artísticos, como papéis, lápis, canetinhas, entre outros. A coordenadora da EAI, Eleonora Nascimento, falou da importância do projeto.
“Foi, sem dúvida, um evento muito importante. Com um acervo diverso, que inclui livros em braille e sobre cultura indígena e afro-brasileira, exploramos temas essenciais como inclusão, racismo, letramento racial e atualidades. Também nos foi apresentado itens artísticos e musicais, enriquecendo ainda mais o momento. Cada profissional teve a oportunidade de compartilhar suas percepções, tornando a troca ainda mais significativa. Foi uma experiência enriquecedora para todos nós”, disse Eleonora.
O projeto conta com intérpretes de Libras e um monitor, que auxilia o público no espaço e também orienta os participantes com deficiências físicas, visuais ou espectros, síndromes ou doenças que geram limitações. Através da Lei de Incentivo à Cultura, o projeto “Biblioteca da Diversidade” tem a produção da Scorsolino Produções, apoio da Altia e Komedi, com patrocínio da Ferroport, e realização do Ministério da Cultura, Governo Federal União e Reconstrução.
A Ferroport é uma joint-venture formada pela mineradora Anglo American e pela Prumo Logística, holding que desenvolve o Porto do Açu, o maior empreendimento portuário de águas profundas do Brasil. Em atividade desde 2014, é responsável pela movimentação de minério no porto-indústria e ocupa a quarta posição entre os terminais privados do país.
De acordo com o articulador pedagógico de Educação Escolar Quilombola da Secretaria de Educação, Ciência e Tecnologia (Seduct), Diego Santos, ações como esta vem preencher uma das lacunas históricas que o Governo Federal já está ciente diante da dificuldade de implementação das leis de n 10639/2003 e de n 11645/2008, que obriga o ensino e estudo afro-brasileiro, africano e indígena, que é a formação e instrumentos pedagógicos.
“Tais ações fazem parte da luta da responsabilização do Estado e de todos aqueles que fazem dessas terras seu setor produtivo. Elas se alinham à proposta de inovação pedagógica da Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB – Lei n° 9.394/1996) ao reconhecer a diversidade sociocultural e o direito à igualdade e sobretudo o direito à diferença. Mais do que uma política menor na categoria da transversalidade, é um espaço onde o direito à diferença é pleiteado e muitas modalidades de ensino diferenciado surgiram e onde direito à igualdade para promoção inclusão social ganha espaço”, disse Diego.
INSTITUIÇÕES QUE JÁ RECEBERAM AS APRESENTAÇÕES:
Escola Municipal Conceição do Imbé
Escola Municipal Cláudia Almeida
Escola Municipal Conselheiro Josino
Biblioteca Volante Goiabada com Chuvisco
Escola Municipal Alcebíades Candiano
Escola Municipal de Aprendizagem Inclusiva (Cidade da Criança Zilda Arns)
Escola Municipal Maria Antonia Pessanha Trindade
Escola Municipal Califórnia
Escola de Aprendizagem Inclusiva (EAI)