O Solar do Visconde de Araruama, sede do Museu Histórico de Campos dos Goytacazes (MHGC), recebeu, nessa quinta-feira (3), visita da equipe do projeto “A casa da elite fluminense no Brasil oitocentista”, da Fundação Casa de Rui Barbosa. A presidente da Fundação Cultural Jornalista Oswaldo Lima (FCJOL), Fernanda Campos, recepcionou o grupo, junto de outros agentes da Fundação.
“Fiquei muito honrada com a visita do grupo formado pelas historiadoras Ana Pessoa e Elizabeth Carvalho e pela estudante de Museologia, Anna Vanoli. Seguimos à disposição de quem deseja conhecer nossa história, por meio da visita aos nossos equipamentos”, destacou Fernanda Campos.
A pesquisa envolve análise bibliográfica, levantamento documental e visitas técnicas, contando com a colaboração de proprietários das residências, instituições e estudiosos locais. A atividade é vinculada ao projeto luso-brasileiro de longa duração A Casa Senhorial em Portugal, Brasil e Goa: Anatomia de Interiores, que disponibiliza resultados de pesquisa por meio do site acasasenhorial.org.
A coordenadora do projeto, Ana Pessoa, destacou suas impressões sobre a visita ao MHGC. “Nossa passagem pelo Solar do Visconde de Araruama foi uma grata surpresa, pois o imóvel está em perfeito estado de conservação, o que permite reconhecer sua estrutura original de residência oitocentista, ainda que tenham havido interferências e alterações. O acervo do Museu, por outro lado, com suas diversificadas coleções, oferece diferentes facetas da sociedade campista, do trem ao Presidente Nilo Peçanha. Por fim, sua situação urbana, na Praça do Santíssimo Salvador, nos possibilitou conhecer uma região histórica da cidade e as marcas de sua transformação ao longo do século XX”, observou.
Ana Pessoa ainda acrescentou: “Cabe comentar, também, a calorosa e competente acolhida pelo representante do Museu, Rossini Reis, cujas informações serão complementadas com a leitura do livro “Redescobrindo a memória do Solar do Visconde de Araruama”, da coordenadora do equipamento, Graziela Escocard. Na ocasião, o arquiteto Geovane Laurindo, do Inepac-Campos, comentou importantes aspectos históricos e urbanos do antigo centro da cidade, também relevantes para o nosso trabalho”.