Notícia no detalhe
Centro de Eventos Populares homenageia Osório Peixoto
O Centro de Eventos Populares Osório Peixoto, que será inaugurado nesta quarta-feira (28), às 18h, pela Prefeita Rosinha Garotinho, durante as comemorações pelo aniversário de 177 anos da elevação da Vila de São Salvador à cidade Campos dos Goytacazes, homenageia um dos grandes nomes da cultura de Campos: o poeta e escritor Osório Peixoto. Osório faleceu no dia 10 de junho de 2006, vítima de complicações da diabetes. Seis anos depois, ele será imortalizado com o seu nome no Centro de Eventos Populares.
O subsecretário municipal de Cultura, Avelino Ferreira, que conviveu muitos anos com Osório, fala dessa convivência com o poeta. “Como Ouvidor do Povo, no governo do então prefeito Anthony Garotinho, Osório atendia todo mundo com a maior paciência”, disse. “Os livros que ele escrevia eram vendidos por seu amigo, irmão e parceiro de pesquisas, Nonô, pai de Newtinho Guimarães. Atuamos juntos em diversos momentos como jornalistas. Dei todo apoio ao lançamento de seu livro 'Mangue', um dos mais importantes de sua carreira como escritor, embora o mais famoso, sem dúvida, seja “Ururau da Lapa”, lembrou o subsecretário.
- Quando Osório lançou “Mangue”, no Rio, me convidou. Fui lá e constatei seu prestígio: o salão cheio e muitos autógrafos. Novamente em Campos, disse que ele ganharia algum dinheiro com o livro. Osório me respondeu que era tudo aparência. Ele preferia editar seis livros e vender, com Nonô, no Calçadão, pois faturava mais que o livro lançado por uma grande editora, pois ficava apenas com 10% do que vendesse. Como livro vende pouco, esses 10% eram nada - contou Avelino.
Biografia resumida - Osório Manoel Peixoto da Silva nasceu em Campos, no dia 7 de março de 1931. Trabalhou como jornalista nos Jornais A Notícia, Monitor Campista, A Cidade, O Globo, Última Hora e Correio Sanjoanense, além de ter sido colaborador de O Ateneu, publicado pelos alunos do Liceu de Humanidades. Como escritor e poeta, usou a palavra para defender o povo, enaltecer o folclore, criticar a injustiça social e falar das belezas de sua terra.
Osório Peixoto escreveu dezenas de livros, entre eles, “Histórias da Abolição”, “Mangue”, “O Frade e a Freira”, “O Galo Favelado”, “A Rua do Homem em Pé” e “Os Momentos Decisivos da História dos Campos dos Goytacazes”, entre outros. Como reconhecimento pelo conjunto de sua obra, recebeu os prêmios José Martí, da Casa Cuba-Brasil, e Alberto Lamego, a mais importante premiação da cultura de Campos. Falecido em 10 de junho de 2006, Osório permanece vivo na memória dos campistas.
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