Em trabalho conjunto, a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Ambiental (SMDA) e a Coordenadoria Municipal de Defesa Civil (CMDC) iniciaram nesta terça-feira (20), um trabalho de vistoria com levantamento técnico nos canais artificiais da área urbana da cidade. A proposta é obter dados para um diagnóstico e posterior relatório sobre a situação de cada um deles, podendo nortear possíveis ações.
Na lista inicial, três dos principais canais em áreas mais urbanizadas da cidade: o do Saco, o do Parque Aurora e o Santo Antônio, além de um secundário no Parque Esplanada. No do Saco, com 2,2 quilômetros de extensão entre a área do Parque Rodoviário e o Canal de Cacomanga, na altura do bairro Nova Brasília, muita vegetação aquática, além de entulhos e lixo descartados nas margens.
— Aqui, além de limpeza, teremos também que realizar um trabalho de educação ambiental junto aos moradores, para que não descartem lixo nem entulho — explicou o subsecretário Carlos Ronald Macabu, da SMDA. Também acompanhando a equipe e fotografando vários trechos do canal, o secretário Leonardo Barreto destacou a importância do levantamento. “Com base no relatório após o diagnóstico, poderemos definir as prioridades”.
No Canal do Parque Aurora, que tem apenas 200 metros e sai no Canal de Tocos, a avaliação preliminar é positiva. “Está com muita vegetação, mas é um canal curto, fácil de limpar”, observou Carlos Ronald. Já o de Santo Antônio deverá exigir mais esforço. “Ele é mais profundo e tem uma parte seguindo por área pouco urbanizada, até chegar também ao Canal de Tocos. Vamos avaliar a melhor forma de intervenção”, completou.
Na quinta-feira (22) deverão ser avaliados o Canal Brilhante, em Ururaí, que sai do bairro do mesmo nome e vai até o Canal Cacomanga; o valão Goiabal, na área do Cepop, que deságua no Canal São José; e um valão na Penha, que também vai até o mesmo São José. “São valões de drenagem feitos nos últimos anos e que nem há muitos detalhes sobre eles”, explicou, acrescentando que talvez haja a necessidade de um terceiro dia de vistorias para avaliar alguns canais em Guarus.
— Agora vem o período menos chuvoso, mais propício para realizar intervenções, como desassoreamento e trabalhos de limpeza em geral. Mas para isso temos que fazer um levantamento da situação de cada um. O objetivo é termos os canais em boas condições de drenagem para evitar alagamentos nos meses de chuva — afirmou o diretor executivo da CMDC, Edison Pessanha.
Coqueiros – No Canal Coqueiros, que começa no Rio Paraíba do Sul e segue para a Baixada Campista depois de cortar bairros como Matadouro, Califórnia, Flamboyant, Jóquei Clube, Penha e Donana, a limpeza já acontece desde o início de abril. Na ocasião, o superintendente de Agricultura e Pecuária, Nildo Cardoso, firmou parceria com a Secretaria Estadual do Ambiente, que cedeu máquinas para a dragagem, que foi iniciada também no Canal Cambaíba. No Coqueiros, a limpeza já está para entrar na área rural, em direção ao Canal das Flechas.